08/01/2016 - O estilista francês André Courrèges, símbolo da revolução indumentária dos anos 1960 que popularizou a minissaia, morreu aos 92 anos em sua residência próximo a Paris, anunciou nesta sexta-feira (8) sua "maison".
Courrèges, que parou de trabalhar na década de 1990, morreu na quinta-feira (7) após uma batalha de 30 anos contra a doença de Parkinson, informou a Courrèges em comunicado.
Entre vestidos curtos com linhas limpas, botas, toques de vinil e a onipresença do branco, sua cor favorita, o estilista captou o espírito da época e marcou seu tempo, soprando um vento de juventude e futurismo à moda.
Uma de suas musas foi a cantora Françoise Hardy, vedete dos anos 1960.
"Ao longo de sua vida, André Courrèges, com [sua mulher], Coqueline, não parou de avançar e de inventar para estar sempre à frente. Um criador visionário que anteviu o que seria o século 21 e que acreditava no progresso. E isso é o que torna Courrèges tão moderno hoje", declararam Jacques Bungert e Frédéric Torloting, copresidentes do grupo Courrèges.
Nascido em Pau (sudoeste da França) em 9 de março de 1923, filho de um mordomo apaixonado por arquitetura e pintura, começou a trabalhar no final da década de 1940 com o estilista Cristobal Balenciaga, com quem permaneceu por 11 anos.
Lá conheceu sua futura mulher, com quem abriu em 1961 a sua própria casa de moda que logo se tornou um sucesso fenomenal.
Seus desfiles eram impregnados de conceitos, com a instalação de uma enorme bolha transparente no Jardin des Plantes, em Paris, em 1980. Em 1985, investiu em um grande hotel de Tóquio para um evento de moda e música, durante o qual as maiores canções da música francesa foram interpretadas por 130 músicos.
Aposentou-se em 1994, passando a se dedicar à pintura e à escultura, e deixando sua mulher à frente da casa, finalmente vendida em 2011 para a dupla Frédéric Torloting e Jacques Bungert. Fonte: Folha de S.Paulo.
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