FANNY ABRAMOVICH (1940-2017)
A primeira lembrança guardada por Fanny era a voz da mãe mesclando fantasia e sua leitura da realidade. As explicações lúdicas impulsionaram sua produção intelectual na vida adulta.
Educadora, pedagoga e escritora infanto-juvenil, Fanny começou a lecionar no final dos anos 50 na Scholem Aleichem, uma escola experimental tocada por judeus de esquerda do Bom Retiro –sua mãe, parte do grupo fundador, foi a primeira mulher eleita vereadora em SP, pelo PCB (Partido Comunista Brasileiro).
Após uma temporada de estudos na Europa, especializou-se em arte-educação e ajudou a implantá-la no Brasil. É considerada uma das grandes responsáveis pela introdução da disciplina de artes no currículo escolar.
Como crítica de cultura infantil, assinou coluna no "Jornal da Tarde" e apresentou um quadro no antigo TV Mulher, da Rede Globo.
"Ela batia de frente com o processo de transformação da criança em consumidor", diz a amiga Cecília Luedemann.
Nos anos 80, passou a escrever: são mais de 40 títulos infanto-juvenis. "Contar histórias com paixão e não forçar a barra são formas de estimular a leitura", disse à revista "Nova Escola" em 2008.
Morreu no dia 27 de novembro, aos 77 anos, devido a complicações da doença de Parkinson. Deixa irmã. Fonte: Folha de S.Paulo.
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