22 de maio de 2008

Áureo e meus botões
Quando eu era guri, lá nos anos 60, adorava futebol de botão. No início tinha dois times de "panelinhas", que depois evoluíram para "puxadores". Os times de "panelinhas" eram, obviamente, como bom gaúcho, a dupla grenal. Um botão, do Grêmio, era o Áureo (PcP), que mora em SC, a quem tive o prazer de ter sido apresentado pessoalmente no I Encontro das Associações de Parkinson em Gramado - RS.

Segue texto extraído do site gardenal, que cita o Áureo:
Clássicos da Tenente Silveira (...)

Entre os jogadores, um deles, o Áureo, zagueirão tricolor dos anos 60, viveu seu momento de glória ali nos balcões do bazar. “Certa vez chegou um sujeito sisudo, daqueles gaúchos bem gaúchos. Não falava quase nada, sério, com os dois filhos. E eu notei que, cada vez que ele abria a boca, falava no Grêmio. Ele comprou alguns botões e, quando foi pagar, tirou o cheque e eu vi o nome. Áureo. Perguntei se ele havia jogado no Grêmio e ele disse que não, mas que seu pai, sim.” Rogério então pediu que o sujeito esperasse e buscou a caixinha, abriu e procurou o botão do Áureo. “Aqui está o seu pai. Ele jogou no meu time.”

O filho do jogador se emocionou, abriu um largo sorriso e ficou mostrando o botão aos filhos. “Esse é o teu avô! Esse é o teu avô”, repetia, orgulhoso. “Isso é que é legal no botão, esses momentos únicos”, ressalta Rogério, que garante ter uniformes para botões de todos os times do mundo. Se ele não tem na hora, arruma em pouco tempo. (...)

E assim os dias passam no Bazar Piá, com partidas memoráveis, e nas casas de muitos jovens e marmanjos, que gastam noites disputando torneios regados a churrasco e cerveja, e não apenas no Brasil. Há futebol de botão até em Israel. Levado, é claro, por um brasileiro. E lá deve haver alguns Zicos, Pelés, Áureos e Mauros Champus (craque do Íbis) desfilando seus talentos pelos gramados de madeira e estufando as redes de filó.

Outra citação ao Áureo na Internet:
(...) Uma vez assisti a uma partida do Santos com o Grêmio, onde o goleiro Gilmar, se não me engano, foi expulso por agressão, no estádio Olímpico, em Porto Alegre, e o Pelé foi designado para o gol. Um show à parte. Jogavam no Grêmio, Ortunho, lateral, Alcindo, centroavante, e de central o jogador Áureo, de grande classe. Aliás, neste jogo ele deu uma apagada no Pelé, mas um só marcador era insuficiente para marcar o "negrão". (segue...)

Um comentário:

Hugo disse...

Depois alguns pesquisadores vem dizer que pessoas praticantes de esporte tem menos chances de manifestar Parkinson... Só não corri maratona e deu no que deu...
Hugo