Ele sofreu hemorragia estomacal no Rio, onde viveu e trabalhou com Juscelino Kubitschek; tinha 86 anos
01 de outubro de 2012 | Autran Dourado valorizava a palavra ao extremo - basta escolher alguns de seus romances e contos (escreveu 28) para ali descobrir uma linguagem obsessivamente talhada, que buscava, na maioria dos enredos, revelar o conturbado mundo interior dos personagens. "Por conta disso e da minha idade avançada, só tenho conseguido escrever contos", disse ele ao Estado em 2006, quando lançou O Senhor das Horas, textos curtos e inéditos editados pela Rocco.
Foi seu último livro. Dourado, que sofria da doença de Parkinson, morreu às 7h30 de ontem, aos 86 anos. Segundo seu genro, Elmer Barbosa, ele estava em casa, no Rio, quando sofreu uma hemorragia no estômago e não suportou. Elmer disse que o escritor esteve internado cerca de cinco meses no Hospital São Lucas, em Copacabana, por causa de um problema respiratório. O enterro foi na tarde de ontem.
Um dos mais importantes escritores brasileiros contemporâneos, prêmio Camões de 2000, Dourado deixa uma obra diversificada, mas cujos caminhos levam, de uma certa forma, a um lugar mítico e único - o interior de Minas, onde nasceu em 1926, na cidade de Patos de Minas. (segue...) Fonte: O Estado de S.Paulo.
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