22 de outubro de 2015

Barrados no Baile

Seg, 21 de Outubro de 2013 - "A simplicidade é o último grau da sofisticação", disse meu mestre Leonardo Da Vinci. E é a pura verdade! Quando a gente fica emperequetando muito uma coisa ela estraga. Hoje em dia as pessoas mexem tanto em si mesmas para ficarem diferentes e acabam por ficarem todas iguais. Mas eu sei que quem gosta de música de boa qualidade e curte dar uns truques na culinária não é barrado em lugar algum. Vai lá, passa um perfume e vem comigo para mais um Gourmet da MPB.

O homem show, Eduardo Dusek, carioca, pianista, ator, cantor e compositor brasileiro, é marcante por sua veia satírica, sua qualidade musical e seu poder de comunicação, um artista que diverte e seduz qualquer plateia. A irreverência ganhou força na cena brasileira em 1978. Foi quando Eduardo Dusek começou a ter composições como “Vesúvio”, “Seu Tipo” e “Folia no Matagal” gravadas por artistas importantes, entre eles As Frenéticas, Ney Matogrosso e Maria Alcina.

A primeira música que Eduardo Dussek compôs, entre sete para oito anos chamava-se "A Baianinha e a Lua" e foi feita após ouvir alguns sambas e marchas do repertório de Carmen Miranda, numa visita que fez ao Museu da Imagem e do Som. Em 1980, Eduardo Dusek participou do festival MPB Shell, da Rede Globo, cantando apenas de cueca a debochada canção "Nostradamus", que não se classificou, mas ficou conhecida pelo público. Mas o estouro sucesso viria em 1982, quando flertou com o ainda incipiente pop-rock, no LP "Cantando no Banheiro!, com "Barrados no Baile" (com Luís Carlos Góis), "Cabelos Negros" (Com Luiz Antonio de Cássio) e "Rock da Cachorra" (Léo Jaime). Notabilizou-se com o LP "Brega-chique", cuja faixa-título, mais conhecida como "Doméstica", fazia uma sátira social, bem no clima do teatro besteirol da época.



Em 1986 lançou "Dusek na sua", com "Aventura" e com "Eu Velejava em Você", uma das mais tocantes músicas da MPB, depois regravada por Zizi Possi. Em 1989 voltou à cena com o musical "Loja de Horrores", em que atuava no papel de dentista. Nos anos 90, afastado da função de cantor, interpretou a personagem do Capitão-Mor Gonçalo na novela "Xica da Silva", da extinta Rede Manchete, emissora esta que comecei minha carreira como radialista e sinto uma imensa saudade dela! Atuou como diretor de espetáculos e, no fim da década, voltou a apresentar alguns trabalhos como humorista e cantor. Esteve no filme "Os Penetras" de 2012, longa que tem Eduardo Sterblitch e Marcelo Adnet encabeçando o elenco. Atualmente sofre do mal de Parkinson, como pode ser visto no programa do Danilo Gentili, onde fora entrevistado recentemente. Ouça agora com bastante alegria e sofisticação, Barrados no Baile, grande sucesso de Dusek. Fonte: Jornal Movimento.