29 de novembro de 2023

Com Parkinson, Ozzy acredita que tem "no máximo, mais 10 anos de vida"

“Não tenho medo de morrer, mas não quero ter uma existência longa, dolorosa e miserável", declarou o cantor

29 de novembro de 2023 - Ozzy Osbourne acredita ter “no máximo, mais 10 anos de vida”. Foi o que ele afirmou em entrevista para a revista Rolling Stone UK. Aos 74 anos de idade, o pioneiro do heavy metal já foi diagnosticado com um tumor na coluna, em 2019, sofre com Parkinson, e também quebrou o pescoço após uma queda em casa.

“Não tenho medo de morrer, mas não quero ter uma existência longa, dolorosa e miserável. Gosto da ideia de que, se você tiver uma doença terminal, pode ir a um lugar na Suíça e resolver isso rapidamente. Vi meu pai morrer de câncer”, declarou o cantor.

Ozzy tentou voltar aos palcos, mas os médicos não tiveram êxito nos três procedimentos cirúrgicos a que ele se submeteu por causa do tumor na coluna. “Isso realmente me abalou. A segunda cirurgia deu terrivelmente errado e praticamente me deixou incapacitado”, lamentou.

E completou: “Pensei que estaria de pé e correndo após a segunda e terceira, mas na última eles colocaram uma porcaria de haste na minha coluna. Encontraram um tumor em uma das vértebras, então tiveram que remover tudo isso também. É bem complicado, e meu equilíbrio está todo ferrado”.

Apesar de tudoo, o artista afirma que consegue fazer shows, mas em uma frequência menor: “Me sinto como um homem de uma perna só em uma competição de chutes. A única coisa que me mantém em frente é fazer discos. Mas não posso fazer isso para sempre. Preciso sair por aí. Ainda estou em dor constante. Faço o melhor que posso para evitar os medicamentos para dor”. Fonte: Metro1.

27 de novembro de 2023

Ozzy Osbourne se muda de volta para a Inglaterra, seu país natal, a fim de ter 'privacidade' na luta contra Parkinson

O músico Ozzy Osbourne — Foto: Instagram

O músico e a esposa estão vivendo em mansão britânica construída no fim dos anos 1890

27/11/2023 - O músico Ozzy Osbourne se mudou de volta para a Inglaterra, seu país natal, para ter mais “privacidade” em seu tratamento contra a Doença de Parkinson. O retorno do cantor para o Reino Unido foi revelado pela esposa dele, a empresária Sharon Osbourne, em participação recente no podcast Woman’s Hour.

Osbourne tornou público seu diagnóstico de Parkinson em 2020. Agora, ele e a esposa vão viver na mansão deles na vila de Jordans, no condado inglês de Buckinghamshire. O imóvel foi construído no fim dos anos 1890, mas pertence aos Osbourne já há algumas décadas.

O músico Ozzy Osbourne e sua esposa e empresária, Sharon Osbourne — Foto: Getty Images

“Los Angeles mudou, mas não para melhor”, disse Sharon Osbourne antes de revelar a mudança. “Me sinto desconfortável por lá ultimamente. A minha família vai seguir por lá, tenho certeza que faremos visitas, mas a nossa moradia principal agora deixou de ser Los Angeles, nos mudamos para a Inglaterra”.

“Muito disso diz respeito à possibilidade do Ozzy poder viver com mais privacidade. Nós temos muito espaço, então ele poderá seguir com seus hobbies sem ser incomodado. Lá sempre foi a nossa casa”. Fonte: Revistamonet.



12 de novembro de 2023

A luta da lenda do MMA Rickson Gracie contra o Parkinson: ‘Não tenho medo da morte, mas desistir é inaceitável’

111123 - O Muhammed Ali, lenda do jiu-jitsu brasileiro, fala sobre seu último oponente - a doença de Parkinson - e por que ele se recusa a desistir

Rickson Gracie em setembro. “Eu represento uma arte”, diz Gracie. “Eu represento um estilo de vida. Eu represento uma família. É maior que a minha vida.”

O MAIOR lutador de JIU-JITSU BRASILEIRO do mundo está querendo lutar comigo.

“Levante as mãos”, diz Rickson Gracie enquanto avança. “Como se você estivesse falando como um italiano.”

Eu levanto minhas mãos enquanto ele avança em direção à minha cabeça.

“Não me deixe tocar seu rosto.”

Gracie – a lenda de 63 anos com cabelo raspado e pele bronzeada – está vestindo short cinza e camiseta preta. Ele é musculoso e compacto. Sou mais alto, mas é só isso. Ele pode me sufocar até ficar inconsciente com pouco ou nenhum esforço. Suas mãos disparam, mas eu as guio usando alavancagem e seu próprio impulso, imitando as técnicas que ele me mostrou segundos antes. Há uma intensidade na maneira como ele me orienta nos movimentos: como deslocar meu peso para enfrentar a ameaça – às vezes com o pé da frente, às vezes com o pé de trás – mas sempre em equilíbrio. Seus olhos castanhos são ferozes e intimidadores – ele está focado em cada movimento e reação minha. Quando você faz algo certo, você obtém um “Simmmmm” satisfeito e alongado. Cometa um erro e será um “Não” contundente.

Quando ele coloca as mãos em você, seu aperto é firme. Sua linguagem é ação. O produto de uma vida inteira de prática. Ele fica à vontade enquanto ensina. Uma hora antes, Gracie parecia desconfortável ao tentar resumir em palavras seu legado e sua última luta, contra o Parkinson.

Gracie, cujo sobrenome é sinônimo de jiu-jitsu brasileiro, é uma figura lendária no mundo dos esportes de combate. Ele reivindica mais de 400 vitórias não oficiais em todo o mundo, já que domina o esporte desde sua primeira luta, em 1980.

Mas seu legado está ligado ao papel de sua família na inserção do jiu-jitsu brasileiro no zeitgeist mundial. Tudo, desde o Ultimate Fighting Championship (UFC), de US$ 10 bilhões, até as academias nos shoppings por toda a América, existe por causa dos Gracies. Nenhum outro lutador ou atleta lendário é tão responsável pela criação de um esporte quanto Rickson e a família Gracie, tornando-os não apenas parte do Monte Rushmore do jiu-jitsu brasileiro, mas também dos arquitetos e escultores.

Em uma família de campeões, Rickson Gracie é reverenciado por sua habilidade técnica incomparável, dedicação e filosofia estóica – sua grandeza lança uma longa sombra.

Nos seminários de treinamento que Gracie organizava, ele alinhava faixas-pretas e lutava com cada um deles, vencendo todos. Mesmo Chuck Norris, que ajudou a lançar as artes marciais na América, não conseguiu conviver com Gracie. “Entrei no chão com Rickson Gracie e foi como se nunca tivesse tido uma lição na minha vida”, disse Norris, uma lenda e ator das artes marciais, ao site de combate Bloody Elbow. “Ele brincou comigo.”

O diretor de cinema brasileiro José Padilha escreveu o prefácio da tradução brasileira da biografia de Gracie. Ele o comparou a Pelé, o ícone transcendente do futebol e o atleta brasileiro mais famoso. Pelé foi o melhor do mundo no que fez.

Gracie é a mesma coisa.

“Quando você coroa alguém como o melhor do mundo, comete o erro de ignorar os outros esportes”, diz Padilha. “Gracie é tão bom quanto Pelé. Não há diferença. Tipo, quando o Pelé estava jogando ele era dominante. O melhor jogador em campo. Todos do outro time queriam impedi-lo. [Gracie] tinha uma relação semelhante com o jiu-jitsu.”

Mas agora Gracie enfrenta um adversário que sabe que não pode vencer.

Foi há quase três anos quando ele percebeu pela primeira vez os tremores sutis em sua mão. Um ano depois, o diagnóstico do seu médico confirmou o pior: a doença de Parkinson. Muhammad Ali morreu de choque séptico relacionado ao diagnóstico de Parkinson. Original em inglês, tradução Google, revisão Hugo. Fonte: RollingStone.